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Direto da Itália

10/05/2006
`Oi´ em terra estrangeira * Guerra política * Ah, Veneza * Pádova * A máfia das bicicletas
Ciao, Brasile!
Néia Pavei, da Itália.

“Oi” em terra estrangeira
Universidade de Pádova, uma das mais importantes da Itália. Um grupo de brasileiros discute problemas como moradia, aluguel e, claro, teses de mestrado e doutorado. São estudantes que vem de universidades brasileiras do Rio Grande do Sul, Pernambuco, São Paulo e Bahia, estados onde a instituição italiana fez convênios e permite a estes jovens estudar pagando muito menos que os outros. São felizardos, porque sairão daqui com um diploma de grande valor, uma bagagem cultural imensa e esperanças de achar ali, no Brasil, um bom trabalho. Em julho, o convênio deverá ser feito com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Pádova 1
A cidade é uma das mais importantes da região Vêneta, Nordeste da Itália, justamente pela sua universidade e a grande concentração de indústrias. Mas é uma daquelas que “cheiram” a cidade grande: um trânsito caótico, gente do mundo inteiro, problemas sociais imensos, como a venda de drogas nas esquinas, mendigos e prostituição.

Pádova 2
O caos no trânsito tem um elemento fundamental: as bicicletas. São milhares, capengas, velhas e úteis. Ao lado da estação se aluga ou se paga para deixar ali a bici. O estacionamento tem mais de duas mil bicicletas. Porque quem não as protege, as perde. Qualquer universitário sabe que se der mole, perde a companheira num piscar de olhos e depois terá que recomprá-la, muitas vezes, daqueles que a roubaram por 10, 20 ou 50 euros, dependendo do seu estado.

Pádova 3
Uma das coisas que me impressionaram foram os banheiros da estação de trens. Novo, em mármore e gress porcelanato no chão. Um luxo, para ser público. Bem, na verdade não é “publico”. Para fazer pipi, é preciso desembolsar 0,60 centavos, ou seja, R$ 1,50. Mas encontra-se papel higiênico, água e sanitários limpos.

Guerra política
Quase um mês depois das eleições para deputados e senadores, a Itália ainda não tem seu presidente da República e, consequententemente, seu primeiro-ministro. Não se sabe quem manda por aqui, porque Silvio Berlusconi já fez sua carta de demissão. No Legislativo não há acordo. Se a direita dá um nome, a esquerda vota em branco ou vice-versa. Mas deve sair nos próximos dois dias o velhinho que vai sentar na cadeira do respeitável Azelio Ciampi para, enfim, dar o poder ao professor Romano Prodi. Ou não. E ai será um Deus-nos-acuda!

Ah, Veneza!
Elas são sinônimos da mais bela cidade italiana. Quem nunca sonhou em passar pelos canais de Veneza a bordo de uma gôndola? Então, preparem os bolsos, porque o passeio pode chegar a 120 euros (ou R$ 312). Não e à toa que a maioria transporta somente jovens casais em lua-de-mel e japoneses que chegam ali dispostos a torrar dinheiro. Para atender bem o turista, os gondoleiros fazem cursos de línguas. Além do italiano e da língua própria de Veneza, alguns deles aprenderam russo, francês e espanhol.


Gondoleiros
Veneza tem hoje 450 gôndolas ancoradas, principalmente na Praça São Marcos, o centrão da cidade, que reúne a catedral, a torre e os palácios. A barca, me contam os remadores, gira em Venezia desde 1500 para o transporte dos nobres ou simples mortais. Eles garantem que nestes anos a cidade chegou a ter 10 mil gôndolas. É de se pensar: se hoje com apenas 450 gôndolas o trânsito nos canais ja é confuso, imaginamos naquela época...

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